sexta-feira, 23 de março de 2012

Seu olhar eternamente em Min...

Canção Noturna 

Misterioso luar de fronteira 
Derramando no espinhaço quase um mar 
Clareando a aduana 
Venezuela, donde estás? 

Não sei por que nessas esquinas vejo o seu olhar. 
Minha camisa estampada com o rosto de Elvis 
A minha guitarra é minha razão 
Minha sorte anunciada 
Misteriosamente a lua sobre nada 

|não sei por que nessas esquinas vejo o seu olhar 
|não sei por que nessas esquinas vejo o seu olhar 
|espalhe por aí boatos de que eu ficarei aqui 
|espalhe por aí boatos de que eu ficarei aqui 

Vem, mamacita, doida e meiga. 
Sempre o âmago dos fatos 
Minha guerra e as flores do cactos 
Poema, cinema, trincheira. 

Não sei por que nessas esquinas vejo o seu olhar 
Um cego na fronteira, filósofo da zona. 
Me disse que era um dervixe 
Eu disse pra ele, camarada: 
Acredito em tanta coisa que não vale nada 

|não sei por que nessas esquinas vejo o seu olhar 
|não sei por que nessas esquinas vejo o seu olhar 
|espalhe por aí boatos de que eu ficarei aqui 
|espalhe por aí boatos de que eu ficarei aqui 


Não sei por que nessas esquinas vejo seu olhar 
Não sei por que nessas esquinas vejo seu olhar 
Velejando, viajando sol quarando 
Meu querer, meu dever, meu devir 
E eu aqui a comer poeira 
Que o sol deixará 
Não sei por que nessas esquinas vejo o seu olhar 
Não sei por que nessas esquinas vejo o seu olhar.



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